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Legendas para Surdos e Ensurdecidos: qual a diferença?

Quando se fala em legendas, muitas pessoas pensam que elas servem apenas para traduzir uma língua estrangeira. Mas você sabia que existe um tipo de legenda feita para tornar o próprio idioma mais acessível, especialmente para a comunidade surda?

São as Legendas para Surdos e Ensurdecidos (LSE), também chamadas de Legendas Descritivas. Elas são um recurso de acessibilidade que vai além da tradução de palavras, incluindo informações importantes para garantir uma experiência completa para quem precisa.

As Legendas para Surdos e Ensurdecidos ou Legendas Descritivas não são um recurso novo, mas a sua aplicação tem se expandido consideravelmente nos últimos anos. Mas afinal, o que diferencia a LSE das legendas convencionais? E qual é a real importância dessa ferramenta para a inclusão da comunidade surda no universo cultural, artístico e informativo?

Esse é um assunto muito interessante e válido de se entender. Então vamos por partes!

Conhecendo a Legenda para Surdos e Ensurdecidos ou Legendas Descritivas:

A principal diferença entre as legendas convencionais e a Legenda para Surdos e Ensurdecidos é que, além das falas, a LSE também inclui informações sobre quem está falando e os efeitos sonoros da cena, como músicas, passos ou sons de fundo.

Tudo isso é pensado para ajudar o telespectador a entender melhor a história. Em resumo, o objetivo da LSE é transformar sons em palavras para tornar o conteúdo mais acessível.

Sabe quando você está assistindo a um filme e há uma música de suspense para intensificar a cena? Então, para incluir as pessoas surdas ou com deficiência auditiva, a legenda precisa indicar essa música de fundo. O mesmo vale para outros sons importantes, como tiros, objetos caindo ou a identificação de qual personagem está falando.


Videoclipe “Dona Adelaide” – trabalho de legendagem realizado pela Inclua

Por exemplo, em filmes de ação com efeitos sonoros intensos, sem a LSE, uma pessoa surda pode perder uma parte importante da experiência. A legenda que descreve uma explosão, uma sirene ou o som de um vento forte ajuda a completar o entendimento da cena. Assim, a LSE é essencial para tornar a experiência audiovisual acessível, seja em filmes, séries ou programas de TV.

Hoje em dia, com a internet e plataformas como YouTube, redes sociais e até mesmo vídeoaulas e treinamentos, as legendas são essenciais para garantir que mais pessoas tenham acesso a conteúdos importantes.

Ainda assim, muitas pessoas não entendem a importância das legendas e acabam não prestando atenção ou até mesmo deixando de usá-las. Mas você sabia que as legendas também ajudam as pessoas ouvintes?

Em lugares barulhentos, como aeroportos, hospitais ou bares, as legendas descritivas permitem que as pessoas entendam vídeos e programas de TV, mesmo quando o som não está claro. Assim, dá para acompanhar o conteúdo sem precisar aumentar o volume ou esperar um ambiente mais silencioso.

Legenda para Surdos e Ensurdecidos ou Legendas Descritivas: mais que um direito, novas possibilidades!

Oferecer legendas para surdos e ensurdecidos ou legendas descritivas em sua produção audiovisual abre muitas possibilidades. Além de atingir um público maior, isso agrega valor ao seu trabalho. De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), todas as pessoas surdas e com deficiência têm direito de acessar cultura e lazer, em igualdade de condições e oportunidades.

Assim, tornar espaços culturais, artísticos e informacionais mais acessíveis promove a autonomia dos telespectadores, permitindo que escolham livremente o conteúdo e os ambientes que desejam acessar. Isso garante o direito de acesso e a liberdade de escolha para todas as pessoas.

Na Inclua, somos especializados em soluções de acessibilidade audiovisual. Oferecemos consultoria especializada para transformar a maneira como sua comunicação chega ao público e transformar de vez o seu modo de comunicar! Vamos juntos?

Inclua: promover equidade e tornar a acessibilidade uma realidade, esse é o nosso objetivo.

Texto desenvolvido por Mayara Bernardo, Jornalista.

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